Mesmo com essa redução, o índice de ICF permaneceu na zona de satisfação, acima dos 100 pontos, indicando um cenário de consumo ainda favorável. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve um aumento de 0,5% na intenção de compra das famílias.
O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, explicou que a retração na intenção de consumo foi impulsionada pelo cenário desafiador para o crédito e o aumento da inadimplência, tornando o mercado menos acessível, especialmente para as famílias de renda mais elevada.
A pesquisa também revelou uma cautela por parte dos consumidores em relação à evolução do mercado de trabalho nos próximos meses, o que impactou a avaliação da perspectiva profissional em setembro.
No que diz respeito aos componentes do ICF, apenas o item de emprego atual registrou uma melhora, com um aumento de 0,4% e alcançando 127,8 pontos. Por outro lado, houve uma piora nos demais itens, como renda atual, nível de consumo, perspectivas profissionais, perspectivas de consumo, acesso ao crédito e momento para aquisição de bens duráveis.
A pesquisa apontou que a intenção de consumo recuou mais entre os consumidores de renda mais elevada, enquanto as famílias com menor renda apresentaram uma maior estabilidade no mercado de trabalho. Em geral, o cenário de consumo em setembro foi marcado por uma maior cautela por parte dos brasileiros, refletindo a realidade econômica do país.