Foi nesse mesmo período que Gilda conheceu Vicente Celestino, que viria a se tornar seu marido. Juntos, os dois protagonizaram um grande momento no mundo artístico ao se casarem no palco do teatro após a estreia da opereta “A Canção Brasileira”, em 1933.
Com a ascensão das radionovelas nos anos 40, Gilda de Abreu expandiu seu talento para a escrita, criando obras memoráveis para a Rádio Nacional e outras emissoras, como “Mestiça”, “Aleluia” e “A Cigana”. Sua incursão no cinema como diretora começou em 1945, com o aclamado filme “O Ébrio”, que se tornou um sucesso de bilheteria e marcou o início de uma prolífica carreira na sétima arte.
Ao longo dos anos, Gilda dirigiu diversos filmes, como “Pinguinho de Gente” e “Coração Materno”, que foram bem recebidos pelo público. Segundo Hernani Heffner, conservador-chefe da Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, a exibição da versão restaurada de “O Ébrio” ainda emociona o público décadas depois de seu lançamento.
Além de sua contribuição para o cinema, Gilda de Abreu também deixou um legado na literatura, com a autoria de vários livros, incluindo romances infantis e uma biografia de seu marido, Vicente Celestino.
A importância de Gilda de Abreu na história do cinema e da música no Brasil é inegável, sendo reconhecida como uma figura fundamental que abriu caminhos para as mulheres na indústria cinematográfica. Seu talento multifacetado e sua dedicação à arte fizeram dela uma das artistas mais importantes e respeitadas do cenário cultural brasileiro.