Especialista orienta sobre o monitoramento de pacientes com insuficiência cardíaca para evitar complicações e readmissões

No Brasil, estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas sofram de insuficiência cardíaca, uma doença crônica e progressiva que afeta não apenas o coração, mas também a qualidade de vida dos pacientes. Durante o Setembro Vermelho, mês dedicado aos cuidados com o coração, é importante destacar a importância do monitoramento contínuo desses pacientes, especialmente para evitar readmissões hospitalares.

Segundo o cardiologista Marcelo Montera, coordenador do Centro de Insuficiência Cardíaca do Hospital Pró-Cardíaco, no Rio de Janeiro, três ações essenciais devem ser realizadas antes da alta hospitalar para reduzir a incidência de readmissões e a mortalidade cardiovascular. A prescrição dos principais medicamentos comprovadamente eficazes, a orientação correta aos pacientes sobre a tomada dos medicamentos e o comparecimento regular às consultas, e o ajuste das doses para alcançar ao menos 50% da dose máxima recomendada são algumas dessas ações.

Em relação ao monitoramento, o teste NT-proBNP se mostra como um grande aliado nesse processo. Esse teste é um instrumento objetivo e de fácil utilização para avaliar e melhorar os desfechos. A Roche Diagnóstica desenvolveu o teste NT-proBNP e patrocinou o estudo STRONG-HF, que comprovou a eficácia da intensificação terapêutica guiada por biomarcadores cardíacos na redução de desfechos indesejáveis em pacientes com insuficiência cardíaca aguda.

O estudo, publicado na revista The Lancet em 2022, analisou mais de mil participantes e demonstrou que a intensificação terapêutica baseada no NT-proBNP resultou em um risco 34% menor de reinternação por insuficiência cardíaca e mortalidade por todas as causas em comparação com o grupo controle. Além disso, houve ganho na qualidade de vida dos pacientes submetidos ao tratamento intensificado.

Para o cardiologista Marcelo Montera, a conscientização dos pacientes é crucial. Eles precisam conhecer e entender sua condição, esclarecendo todas as dúvidas com o médico e colaborando ativamente com o acompanhamento de seu caso. Somente com a combinação de cuidados médicos adequados e a participação ativa dos pacientes, será possível reduzir as readmissões hospitalares e melhorar a qualidade de vida dos pacientes com insuficiência cardíaca.

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