Repórter São Paulo – SP – Brasil

Emissões de gases do efeito estufa em incêndios no Amazonas e Mato Grosso do Sul atingem recorde em 2024, alerta monitoramento europeu.

As emissões de gases do efeito estufa provenientes dos incêndios na Amazônia e no Mato Grosso do Sul atingiram níveis alarmantes neste ano, de acordo com informações do Serviço de Monitoramento Atmosférico Copernicus (Cams), ligado à União Europeia. Os dados divulgados nesta segunda-feira revelam que as queimadas nestes estados resultaram nas maiores emissões já registradas, desde que o órgão iniciou o monitoramento desse fenômeno, há 22 anos.

O Brasil já acumula 183 milhões de toneladas de carbono emitidos na atmosfera devido aos incêndios, sendo que um terço deste volume (65 milhões de toneladas) ocorreu somente no mês de setembro. Essas emissões seguem um padrão semelhante ao recorde estabelecido em 2007. No Amazonas e no Mato Grosso do Sul, os incêndios neste ano resultaram em cerca de 28 milhões e 15 milhões de toneladas de emissões, respectivamente.

Além disso, a Bolívia também enfrenta uma situação crítica, com as queimadas emitindo 76 milhões de toneladas de carbono, o maior volume dos últimos 22 anos no país. O Cams alerta que as emissões têm ultrapassado constantemente a média, impactando severamente a qualidade do ar em toda a região, devido aos incêndios que assolam o Pantanal e a Amazônia.

A nota oficial do órgão destaca que a ocorrência desses incêndios florestais é considerada incomum, mesmo durante o período sazonal de julho a setembro. As altas temperaturas, a seca prolongada e outros fatores climatológicos têm contribuído significativamente para o aumento das emissões e a piora na qualidade do ar na América do Sul. A situação é preocupante e requer ação imediata para conter os impactos ambientais e agravamento do efeito estufa.

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