A situação no Campus Maracanã se agravou nos últimos dias, com depredações estruturais no prédio, como quebra de paredes, portas e pias, além do sumiço de discos rígidos (HDs) de computadores que continham informações pessoais sensíveis e dados de pesquisa. A universidade abriu uma sindicância para apurar as responsabilidades pelos danos e pelo desaparecimento dos HDs.
Os estudantes ocuparam o Pavilhão João Lyra Filho em protesto contra mudanças nas regras para concessão de bolsas e auxílios de assistência aos alunos. As medidas estabelecidas pela Uerj, como o Ato Executivo de Decisão Administrativa 038/2024, limitam o pagamento de auxílio alimentação e estabelecem critérios de renda familiar para o recebimento de auxílios e bolsas. Cerca de 1 mil estudantes foram excluídos das condições para receber os benefícios.
Diante da falta de acordo entre a reitoria e os estudantes, a situação foi judicializada e uma audiência de conciliação ocorreu, sem sucesso. A juíza determinou a desocupação do prédio, mas agendou uma nova audiência para discutir os valores das bolsas de estudo e demais auxílios.
A Uerj estabeleceu medidas de transição, como o pagamento de R$ 500 aos estudantes prejudicados pelas mudanças nas regras das bolsas, garantindo auxílios de transporte, alimentação e tarifa zero no restaurante universitário ou auxílio-alimentação temporário. Essas medidas visam atender os estudantes em situação de vulnerabilidade social até o final do ano.
O retorno das aulas no Campus Maracanã está previsto para esta terça-feira, após a realização de perícia, inspeção do prédio pela reitoria e investigação interna sobre as depredações e o sumiço dos HDs. A universidade segue em busca de soluções para atender às demandas dos estudantes e garantir o bom funcionamento das atividades acadêmicas.