Repórter São Paulo – SP – Brasil

Brasil registra mais de 200 mil focos de incêndio em 2024, superando o total do ano passado em menos de nove meses.

No cenário atual, o Brasil enfrenta uma situação alarmante em relação aos incêndios florestais. Em menos de nove meses, o país já registrou mais focos de fogo em 2024 do que em todo o ano anterior. Segundo informações do programa BD Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram contabilizados 200.013 focos de incêndio, enquanto em 2023 foram 189.926 ocorrências. Esses dados representam o pior índice desde 2010, quando foram registrados 221.672 focos no mesmo período.

O estado de São Paulo já bateu o recorde histórico de focos de incêndio, e a América do Sul enfrenta o pior índice em 26 anos. A temporada de fogo no Brasil iniciou mais cedo em 2024, com grandes incêndios atingindo Roraima e o Pantanal já em fevereiro e março, respectivamente.

Essa situação preocupante pode ser atribuída, em grande parte, à seca histórica que o país enfrenta, intensificada pelo El Niño e as mudanças climáticas. A escassez de chuvas e a falta de umidade no solo e no ar criam condições ideais para a propagação dos incêndios. Além disso, a maioria das queimadas têm origem humana, devido à ação criminosa em pastos, plantações e regiões recém-desmatadas.

Até agosto, a área queimada no Brasil ultrapassava 56 mil km², maior do que a de cinco estados brasileiros. A situação se agrava em setembro, com cerca de 73 mil focos registrados, superando os números de agosto. A coordenadora do MapBiomas Fogo, Ane Alencar, ressalta a importância da chegada das chuvas em outubro para amenizar a situação, mas destaca que o fenômeno La Niña pode atrasar esse alívio.

Diante desse cenário crítico, é fundamental que medidas urgentes sejam tomadas para conter os incêndios florestais e preservar o meio ambiente. A conscientização e ações efetivas de combate à degradação ambiental são essenciais para reverter esse quadro preocupante e garantir a sustentabilidade das nossas florestas.

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