Desde sexta-feira (20), São Paulo está sob alerta de emergência devido ao aumento das temperaturas e a queda na umidade do ar, o que contribui para o aumento do risco de incêndios florestais. No sábado (21), as cidades de Bocaina e Santo Antônio do Aracanguá tiveram incêndios, mas a situação foi controlada pelas equipes de combate.
O estado tem enfrentado um desafio em seu combate aos incêndios florestais, com um aumento significativo nos pontos de fogo registrados por satélite. Com mais de um mês de atuação intensa, São Paulo adotou um modelo de força-tarefa, mobilizando cerca de 15,1 mil agentes, entre eles brigadistas voluntários, bombeiros militares e equipes da Defesa Civil e da Fundação Florestal de SP.
Além disso, o estado conta com uma ampla frota de equipamentos, incluindo 2.500 veículos terrestres, 29 helicópteros da Polícia Militar e oito aviões. Durante a primeira quinzena de setembro, foram realizadas 520 horas de voo, utilizando 2,4 milhões de litros de água para controlar as chamas em 63 cidades atingidas.
O momento mais crítico da crise ocorreu entre os dias 22 e 24 de agosto, quando surgiram 2.621 novos focos de incêndio, sendo 1.886 apenas em um dia. A região metropolitana de São Paulo chegou a ser coberta por fuligem, e o sol se transformou em um círculo vermelho no céu, evidenciando a gravidade da situação.
O capitão Roberto Farina, porta-voz da Defesa Civil estadual, alertou para um aumento de 386% no número de focos de incêndio em comparação com o ano anterior. Diante desse cenário, as autoridades continuam em alerta e reforçando as ações de prevenção e combate aos incêndios em todo o estado de São Paulo.