Durante a Cúpula do Futuro, realizada no domingo (22), Lula enfatizou a necessidade de transformações estruturais diante da atual crise da governança global. O presidente mencionou os conflitos armados em diferentes partes do mundo e enfatizou as limitações das instâncias multilaterais, afirmando que muitos órgãos carecem de autoridade e recursos para implementar suas decisões.
No ano passado, o Brasil enfrentou dificuldades ao tentar aprovar uma resolução no Conselho de Segurança da ONU envolvendo o conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas. A situação expôs as divergências entre os membros permanentes do Conselho e a dificuldade em alcançar consensos em temas delicados.
Durante o discurso, Lula destacou os avanços apresentados pelo Pacto do Futuro, que aborda questões importantes como a dívida de países em desenvolvimento, tributação internacional e a criação de um diálogo entre líderes e instituições financeiras internacionais. O presidente ressaltou a importância desses avanços, mas apontou a necessidade de mais ambição e ousadia para enfrentar os desafios globais.
Além disso, Lula criticou o Conselho de Segurança da ONU e as instituições de Bretton Woods por desconsiderarem as necessidades do mundo em desenvolvimento. O presidente alertou para a importância de avançar na reforma do sistema da ONU e cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Ao abordar a questão dos direitos humanos, Lula ressaltou a responsabilidade global de promover a paz, a igualdade de gênero e combater o racismo e outras formas de discriminação. O presidente destacou a importância de não retroceder nas conquistas alcançadas nessa área.
Com a conclusão da Cúpula para o Futuro e a preparação para seu discurso na Assembleia Geral da ONU, Lula reforçou a importância da cooperação global e da governança eficaz para enfrentar os desafios atuais e futuros. A expectativa é que seu discurso na Assembleia Geral traga novas propostas e posicionamentos do Brasil em relação às questões globais mais urgentes.