Polícia Federal prende políticos suspeitos de envolvimento em organização criminosa nas eleições no Amapá em operação “Herodes”.

Na última sexta-feira, a Polícia Federal deflagrou uma operação no Amapá com o objetivo de investigar uma organização criminosa envolvida nas eleições do estado. Dois políticos foram alvos de mandados de prisão preventiva, autorizados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), e também foram realizados pedidos de busca e apreensão.

A operação, intitulada de “Herodes”, resultou na prisão de Jesaias Silva e Silva, conhecido como “Jeiza”, que atua como subsecretário municipal de zeladoria urbana na gestão do prefeito de Macapá, Dr. Furlan (MDB). Anteriormente, Jeiza havia trabalhado como produtor de eventos e secretário de Cultura na cidade de Serra do Navio. A Justiça suspeita que ele faça parte de uma organização criminosa.

A reportagem tentou contatar a defesa dos alvos da operação, no entanto, até o momento não obteve retorno. O espaço continua aberto para manifestações. Além disso, a prefeitura de Macapá foi procurada, mas ainda não se pronunciou. Em nota enviada ao portal G1, a gestão informou que Jeiza foi exonerado do cargo e ressaltou que não há ligação entre as atividades investigadas e a atuação do ex-subsecretário.

Outro alvo da operação foi Luanderson de Oliveira Alves, conhecido como “Caçula”, candidato a vereador na capital pelo PSD. Ele é suspeito de diversos crimes, como compra de votos, coação eleitoral, tráfico de drogas e participação em organização criminosa. Não há informações sobre sua prisão, mas o mandado foi assinado pelo juiz eleitoral Diego Moura de Araújo.

A eleição em Macapá caminha para uma vitória tranquila do atual prefeito Furlan, segundo pesquisas recentes. Em levantamento realizado pela pesquisa Quaest em 16 de setembro, Furlan contava com 86% das intenções de voto, seguido pelas candidatas Aline (Republicanos) e Patrícia Ferraz (PSDB), ambas com 4%.

Segundo levantamento do governo federal sobre as organizações criminosas presentes nos presídios brasileiros, o Amapá abriga cinco facções, como Família Terror do Amapá, Amigos para Sempre, União Criminosa do Amapá, Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC). No total, 88 grupos estão ativos no sistema prisional do país, de acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

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