O projeto de melhoria viária, que resultou no corte das árvores, é apontado como carente de planejamento ambiental. A remoção das árvores, que faz parte da proposta de criar novas faixas de rodagem, impacta negativamente o corredor verde e o habitat das aves locais. O conselheiro ambiental Nocodemo enfatiza que, mesmo com a compensação por meio do plantio de novas mudas, será necessário um tempo considerável para que as novas árvores atinjam o porte das que foram suprimidas.
A presidente do Movimento em Defesa da Vida do ABC (MDV), Raquel Fernandez Varela, também criticou o projeto, afirmando que investir em construções viárias não resolve os problemas de mobilidade urbana. Ela aponta a necessidade de investimento em transportes públicos de qualidade e incentivo ao uso de bicicletas para solucionar questões de tráfego na região.
Em resposta às críticas, a Prefeitura de Santo André informou que a remoção das árvores e o transplante de algumas espécies foram autorizados em fevereiro de 2024 pelo Departamento de Manutenção de Áreas Verdes (DMAV) para a execução das obras do Complexo Viário Santa Teresinha. Como compensação ambiental, está prevista a criação do Parque Urbano Santa Teresinha, que contará com a requalificação da praça Samuel de Castro Neves e a introdução de novas áreas de lazer, convivência e vegetação nativa da Mata Atlântica. O projeto visa preservar o entorno e melhorar o acesso de pedestres e ciclistas na região.