A criança se queixava de que as colegas não brincavam com ela e, posteriormente, relatou que durante as aulas de ballet do colégio, as colegas zombavam do seu cabelo crespo e debochavam dizendo que ela tinha cheiro de cocô. Após tomar conhecimento dos acontecimentos, Michael tentou contato com a coordenadora da escola, mas não obteve respostas satisfatórias. Ao conversar com a mãe de uma colega da filha, Michael descobriu que outras crianças não queriam brincar com a menina por ela ser negra.
Na tentativa de buscar soluções, Michael exigiu ação mais concreta por parte da escola, destacando a falta de comunicação sobre os incidentes relatados pela mãe da coleguinha. O pai da vítima de racismo disse que tomou a decisão de expor a situação após perceber que outras famílias também tinham relatos semelhantes de discriminação na escola.
Após a repercussão do caso, o colégio Objetivo Guarujá emitiu uma nota reafirmando seu compromisso com a diversidade e o combate ao racismo, ressaltando que todas as denúncias são investigadas de forma privada e que a instituição iniciou um processo de observação técnica aprofundada do quadro.
Diante da complexidade do tema, a escola se comprometeu a continuar acompanhando a situação da aluna em sala de aula e atuar para garantir um ambiente escolar antirracista. A instituição esclareceu que não sugeriu a troca de turmas como solução para o racismo e destacou que respeita e valoriza a diversidade entre os alunos. A luta contra o racismo é um desafio constante e a escola reafirmou seu compromisso em atuar de forma proativa na promoção da igualdade e do respeito às diferenças.