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Acre enfrenta o menor nível de sua história: Rio Branco registra apenas 1,23 m no principal rio de abastecimento

Neste sábado (21), um registro histórico chocou os moradores da cidade de Rio Branco, capital do Acre. O rio que leva o nome do estado atingiu o seu menor nível já registrado, marcando apenas 1,23 metros. Essa marca representa o índice mais baixo desde que os órgãos ambientais começaram a monitorar o rio em 1971.

No dia anterior, o rio já havia igualado o recorde anterior ao atingir a cota de 1,25 metros. Esse antigo recorde datava de quase dois anos atrás, em outubro de 2022. A situação é alarmante e demonstra uma grave crise hídrica que assola não apenas Rio Branco, mas todo o estado do Acre.

A escassez de chuvas e o prolongamento do período seco têm contribuído para agravar a situação. Há cerca de 90 dias, o manancial na capital do estado está com menos de 2 metros, atingindo marcas preocupantes. Anteriormente, em setembro de 2016, o rio já havia registrado um nível extremamente baixo de 1,3 metros.

As consequências da seca extrema são sentidas em toda a região, com comunidades sofrendo com a falta de acesso à água potável e alimentos. A seca afeta não só o rio Acre, mas também as bacias do Purus e do Juruá, com grandes bancos de areia substituindo a água onde antes fluía.

De acordo com a Comissão Pastoral da Terra, mais de 387 mil pessoas, entre áreas urbanas e rurais, estão sendo afetadas pela estiagem na capital. Todos os 22 municípios do estado estão em estado de emergência devido à seca, mostrando a gravidade da situação.

O Acre tem enfrentado extremos climáticos este ano, com inundações históricas afetando 19 das 22 cidades no início do ano. Esse contraste entre excesso de água e escassez extrema demonstra a vulnerabilidade da região diante das mudanças climáticas. A preocupação com o futuro da região e de seus habitantes é real e urgente.

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