A pró-reitora de Assuntos Estudantis, Alessandra Siqueira Barreto, comemorou a iniciativa e ressaltou que as discussões que levaram à aprovação das cotas foram fruto do protagonismo dos estudantes e diálogos com a administração da universidade. Segundo ela, os coletivos de estudantes trans da UFF defenderam suas pautas e contribuíram ativamente para a construção conjunta da minuta que resultou na política de cotas.
Além dos cursos de graduação, a UFF também ampliou a reserva de vagas para estudantes trans na pós-graduação, exigindo que todos os programas disponibilizem pelo menos uma vaga a partir do próximo ano. Com nove campi no estado e cerca de 66 mil alunos, a instituição sediada em Niterói reforça seu compromisso com a inclusão e diversidade.
Para garantir a permanência e acolhimento dos cotistas trans, a pró-reitora afirmou que a universidade manterá contato próximo com esses estudantes e destinará 50% das bolsas acadêmicas aos alunos cotistas. Essa iniciativa visa criar protocolos de permanência estudantil e fortalecer a segurança e bem-estar dos beneficiados.
A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) destaca a importância da permanência e sucesso acadêmico das pessoas trans e pretende divulgar diretrizes para a implementação das cotas, abordando temas como segurança e políticas de permanência. Outras instituições federais de ensino no país também têm adotado políticas de cotas para a população trans, como a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).
Assim, a UFF se destaca como um exemplo de inclusão e diversidade no ensino superior, contribuindo para a garantia de oportunidades educacionais para todos os estudantes, independentemente de sua identidade de gênero.