A preocupação vai além do simples uso compulsivo de aplicativos populares, como Snapchat e TikTok, durante as aulas. Muitos alunos têm utilizado os telefones para intimidar, assediar sexualmente e até compartilhar vídeos de agressões físicas contra colegas. Diante disso, regras estão sendo estabelecidas para proibir ou limitar o uso de celulares nas escolas.
No entanto, implementar essas restrições tem sido um desafio para os professores, que muitas vezes não têm regras claras em toda a escola que exijam que os alunos guardem seus telefones em armários ou em outros locais durante o horário escolar. Com a pressão de legisladores estaduais, em conjunto com alguns governadores, novas medidas para restringir o uso de celulares nas escolas públicas estão sendo adotadas.
Estudos mostram que o uso de celulares, mensagens de texto e até o medo de ficar sem o telefone (nomofobia) podem prejudicar a concentração dos alunos e interferir no processo de aprendizagem. Por isso, proibir o uso de telefones na sala de aula é uma tentativa de reduzir as distrações e promover um ambiente mais propício ao ensino.
Além disso, algumas escolas particulares também estão adotando medidas para banir os celulares. No entanto, é importante ressaltar que as proibições podem ter um impacto limitado, uma vez que os alunos podem adotar outras tecnologias, como laptops e tablets, para se distrair durante as aulas. Também é importante considerar o uso desses dispositivos para intimidar colegas, o que exige uma abordagem mais ampla e eficaz para lidar com o problema.
Diante desse cenário, estados como Flórida, Indiana, Louisiana, e Carolina do Sul têm aprovado leis ou adotado novas regras para restringir o uso de celulares pelos alunos. Medidas como bloquear o acesso a redes sociais na escola e proibir especificamente aplicativos como TikTok estão sendo implementadas. Outros estados estão destinando recursos para que as escolas controlem o uso de celulares pelos alunos, como a compra de bolsas com cadeados para armazenar os dispositivos.
No entanto, as proibições geram debates entre pais e alunos, com alguns argumentando que os celulares são úteis para atividades como tirar fotos de trabalhos, fazer anotações e manter contato com familiares. Portanto, encontrar um equilíbrio entre restringir o uso de celulares e garantir a eficácia do ensino é um desafio que as escolas e autoridades precisam enfrentar.