Neste ano, 44 pistas de pouso já foram destruídas ao redor da Terra Indígena Yanomami, em uma operação que tem contado com sobrevoos de reconhecimento, imagens de satélite e tecnologia avançada fornecida pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam). O radar SABER M60, desenvolvido pelo Exército, tem sido fundamental na identificação de vias de acesso ilegais.
A análise das imagens e a coleta de dados de inteligência das Forças Armadas resultaram na coordenação de uma operação conjunta para destruir a pista clandestina em Surucucu. Essa ação é crucial para desarticular a logística dos garimpeiros e desencorajar a abertura de novas áreas de mineração ilegal dentro e fora da Terra Yanomami.
O monitoramento constante das pistas clandestinas é um dos principais pilares da estratégia do governo para combater o garimpo ilegal na região. Outras ações estão sendo planejadas, pois a expectativa é de que haja mais operações em breve para a retirada da Terra Yanomami.
No período entre março e setembro de 2024, as operações intensificadas pelo governo resultaram em prejuízos estimados em R$ 209 milhões para os garimpeiros. Foram destruídas 20 aeronaves, 96 antenas Starlink, 45 pistas de pouso, 11 quadriciclos, 761 motores, 86.560 toneladas de cassiterita, 239 geradores, 298 acampamentos clandestinos e 93.854 litros de óleo diesel. A destruição dessas pistas tem um impacto significativo na logística do garimpo, o que pode desmotivar os garimpeiros a permanecer na área indígena.