Repórter São Paulo – SP – Brasil

Forças Armadas destroem primeira pista de pouso na Terra Yanomami em operação contra garimpo ilegal; 44 pistas já foram demolidas.

Na última quarta-feira (18), as Forças Armadas executaram uma operação para destruir a primeira pista de pouso utilizada para abastecer o garimpo ilegal dentro da Terra Yanomami, em Surucucu. Essa ação representa um marco no combate ao garimpo ilegal, que tem sido uma prioridade do governo federal. O objetivo da demolição da infraestrutura é interromper as rotas de abastecimento dos garimpeiros, dificultando o acesso a áreas remotas onde ocorrem atividades ilícitas.

Neste ano, 44 pistas de pouso já foram destruídas ao redor da Terra Indígena Yanomami, em uma operação que tem contado com sobrevoos de reconhecimento, imagens de satélite e tecnologia avançada fornecida pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam). O radar SABER M60, desenvolvido pelo Exército, tem sido fundamental na identificação de vias de acesso ilegais.

A análise das imagens e a coleta de dados de inteligência das Forças Armadas resultaram na coordenação de uma operação conjunta para destruir a pista clandestina em Surucucu. Essa ação é crucial para desarticular a logística dos garimpeiros e desencorajar a abertura de novas áreas de mineração ilegal dentro e fora da Terra Yanomami.

O monitoramento constante das pistas clandestinas é um dos principais pilares da estratégia do governo para combater o garimpo ilegal na região. Outras ações estão sendo planejadas, pois a expectativa é de que haja mais operações em breve para a retirada da Terra Yanomami.

No período entre março e setembro de 2024, as operações intensificadas pelo governo resultaram em prejuízos estimados em R$ 209 milhões para os garimpeiros. Foram destruídas 20 aeronaves, 96 antenas Starlink, 45 pistas de pouso, 11 quadriciclos, 761 motores, 86.560 toneladas de cassiterita, 239 geradores, 298 acampamentos clandestinos e 93.854 litros de óleo diesel. A destruição dessas pistas tem um impacto significativo na logística do garimpo, o que pode desmotivar os garimpeiros a permanecer na área indígena.

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