Repórter São Paulo – SP – Brasil

EUA continua aumentando emissões de metano, apesar de esforços para reduzir impacto ambiental, aponta pesquisa inédita.

A indústria de combustíveis fósseis dos Estados Unidos está enfrentando um problema preocupante em relação às emissões de metano, um dos gases que contribuem para o aquecimento global. Mesmo com os esforços liderados pelos EUA para incentivar a redução das emissões globalmente, uma nova pesquisa revelou que o país continua emitindo cada vez mais metano, uma situação que vem sendo considerada como um sinal de alerta.

O metano é um dos gases de efeito estufa mais potentes e sua presença na atmosfera tem efeitos significativos no clima global. Em comparação com o dióxido de carbono, as emissões de metano não derivam do consumo, mas sim da produção e transporte desse gás, que é o principal componente do gás natural. Estudos apontam que as emissões de metano são até 80 vezes mais potentes em reter o calor na atmosfera do que as emissões de dióxido de carbono.

A empresa de dados ambientais Kayrros realizou um estudo focado em instalações de combustíveis fósseis nos Estados Unidos, onde práticas como “ventilação” e “queima controlada” são comuns. Utilizando dados de satélite e análise de inteligência artificial, a empresa identificou um aumento nas emissões de metano, apesar dos esforços para reduzi-las.

O compromisso global do metano estabeleceu uma meta de redução das emissões globais do gás em 30% em relação aos níveis de 2020 em uma década, sendo assinado por 158 países, inclusive os Estados Unidos. A legislação climática liderada pelo presidente Joe Biden inclui investimentos significativos em estratégias para redução das emissões de metano, mas o desafio persiste diante do crescimento da produção de combustíveis fósseis no país.

Além disso, as negociações com a China, um dos maiores emissores de metano e dióxido de carbono do mundo, são essenciais para o enfrentamento desse problema. A realização de uma cúpula sobre metano durante a principal conferência climática deste ano no Azerbaijão aumenta as esperanças de que a China possa assinar o acordo e se comprometer com a redução das emissões.

Diante desse cenário preocupante, a pressão internacional sobre os maiores emissores de metano se intensifica, reforçando a urgência de ações concretas para enfrentar as mudanças climáticas e reduzir os impactos ambientais causados pela indústria de combustíveis fósseis.

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