Com Marçal isolado, Nunes e Boulos têm concentrado suas críticas um no outro, seja nas redes sociais, declarações públicas ou nos debates eleitorais. Nunes tem focado em questões de costumes, associando Boulos à liberação de drogas e à desordem social, enquanto Boulos tem explorado polêmicas envolvendo a gestão de Nunes e aspectos da vida pessoal do atual prefeito, como alegações de infiltração do crime organizado no transporte público e um boletim de ocorrência registrado contra Nunes por sua esposa há 13 anos.
A disputa entre os dois candidatos ficou mais acirrada no último debate, promovido por SBT, Terra e Rádio Novabrasil, quando Nunes direcionou todas as suas perguntas a Boulos, ignorando os demais adversários. Por sua vez, Boulos escolheu José Luiz Datena (PSDB) e Tabata Amaral (PSB) para questionar, mas não deixou de criticar a gestão de Ricardo Nunes. Nos debates anteriores, Nunes e Boulos já haviam feito perguntas um para o outro.
A estratégia de Nunes mudou após focar em ataques a Pablo Marçal, passando a abordar pautas bolsonaristas e intensificando os ataques contra Boulos. Ambos candidatos têm investido em se diferenciar um do outro e conquistar eleitores para o segundo turno. Enquanto Nunes tem buscado se alinhar com o eleitorado conservador, Boulos tem intensificado as críticas a Nunes, explorando controvérsias em sua vida pessoal e supostas irregularidades em sua gestão.
A campanha eleitoral em São Paulo promete ser acirrada nos próximos dias, com Nunes e Boulos se preparando para possíveis confrontos diretos no segundo turno. Enquanto isso, Marçal tenta recuperar sua posição nas pesquisas e se manter na disputa. A população paulistana terá importante papel na definição do próximo prefeito da capital, escolhendo entre diferentes propostas e estilos de gestão. A expectativa é de que os ânimos se acirrem ainda mais nas próximas semanas, aumentando a polarização e a rivalidade entre os candidatos.