Mesmo com legislações que garantem direitos às pessoas com deficiência, é necessário avançar na prática, especialmente em relação ao uso de expressões linguísticas que se tornam microagressões para quem as escuta.
Recentemente, o termo capacitismo tem despertado interesse, como mostra o aumento nas buscas no Google a partir de 2020. Influencers nas redes sociais têm desempenhado um papel importante ao popularizar o conceito e denunciar práticas capacitistas cotidianas.
Uma dessas vozes é a empreendedora social e CEO da iigual Inclusão e Diversidade, Andrea Schwarz, que questiona a falta de representatividade de pessoas com deficiência em cargos de liderança nas empresas, na mídia e na política. Para ela, é essencial que as pessoas com deficiência sejam vistas como protagonistas, não apenas definidas por suas limitações.
O ator e roteirista Giovanni Venturini também destaca a importância da arte como ferramenta de combate ao capacitismo. Ao longo de sua carreira, ele enfrentou personagens estereotipados, mas encontrou maneiras de dialogar com diretores e roteiristas para promover mudanças na representação de pessoas com deficiência.
Outra figura importante nesse cenário é a CEO da Talento Incluir, Carolina Ignarra, que atua na consultoria de diversidade para empresas e no recrutamento de pessoas com deficiência. Ela destaca a necessidade de focar não apenas na contratação, mas também no crescimento e desenvolvimento desses profissionais.
O influenciador Ivan Baron, com mais de 1,3 milhão de seguidores, usa seu alcance nas redes sociais para debater o capacitismo de forma leve e acessível, utilizando humor e ironia. Ele acredita que é fundamental sensibilizar as pessoas e promover mudanças de atitudes em relação às pessoas com deficiência.
Em resumo, a luta contra o capacitismo no Brasil é urgente e necessária. A conscientização, a representatividade e o diálogo são essenciais para construir uma sociedade mais inclusiva e justa para todas as pessoas, independentemente de suas habilidades ou limitações.