Guerras com armas de bolinhas de gel se espalham em cidades de SP; PM já realizou prisões relacionadas aos confrontos.

A prática das chamadas “guerras” com armas de bolinhas de gel tem se tornando cada vez mais comum em diversas cidades do estado de São Paulo. Jovens se organizam através das redes sociais para realizar confrontos em vias públicas utilizando réplicas de armas que disparam “munições” de gel.

Vídeos compartilhados nas redes na última quinta-feira mostram grupos reunidos em Campinas (SP), armados e trocando tiros de bolinhas de gel. Em um dos vídeos, uma mensagem desafiadora convoca outros grupos para se juntarem à ação, aumentando a tensão dos confrontos.

Apesar dos participantes afirmarem que essa prática não configura um crime, a Polícia Militar do Estado de São Paulo já realizou diversas prisões relacionadas a esses encontros, principalmente devido aos transtornos causados e aos riscos de acidentes que ela representa.

A Secretaria de Segurança Pública informou que as forças policiais estão monitorando de perto essa atividade, que pode resultar em ferimentos, acidentes de trânsito e confusões, devido à grande semelhança das réplicas com armas reais. Em casos recentes, como o ocorrido no final de agosto e no dia 10 de setembro, várias pessoas foram detidas após confusões e ocorrências envolvendo armas de bolinhas de gel.

Além disso, a venda dessas armas através das redes sociais também tem sido observada. Perfis encontrados pela imprensa têm mostrado vídeos de crianças adquirindo os produtos, vendidos por valores que variam entre R$ 300 e R$ 350. A comercialização de réplicas de armas que possam ser confundidas com armas de fogo é proibida pelo Estatuto do Desarmamento, pois ela pode gerar reações negativas por parte de autoridades ou terceiros em situações de emergência.

A Polícia Militar tem intensificado o policiamento em áreas onde esse tipo de atividade tem se tornado frequente, visando coibir e prevenir possíveis incidentes relacionados às “guerras” com armas de gel. A população deve ficar atenta a esse tipo de prática e denunciar eventuais situações de risco às autoridades competentes.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo