Dirigente do Banco da Inglaterra defende política monetária cautelosa e restritiva para controlar inflação no Reino Unido.

A dirigente do Banco da Inglaterra (BoE), Catherine Mann, expressou nesta sexta-feira, 20, sua posição cautelosa em relação ao processo de relaxamento monetário. Durante uma conferência na Lituânia, Mann defendeu a continuação de uma política de juros restritivos por um período mais prolongado, a fim de possibilitar cortes mais agressivos posteriormente.

Em seu discurso, Mann destacou a importância de uma avaliação criteriosa dos riscos envolvidos, afirmando que é mais prudente manter uma postura restritiva por mais tempo, até que os riscos relacionados à inflação se dissipem, para então implementar cortes mais assertivos. Essa posição foi defendida um dia após o BoE ter interrompido o ciclo de afrouxamento monetário.

De acordo com a dirigente, o Reino Unido enfrenta riscos crescentes de inflação mais acentuada em comparação com outras regiões, como a zona do euro e os Estados Unidos. Ela ressaltou que o setor de serviços, em particular, apresenta uma maior persistência, indicando uma possibilidade de inflação mais duradoura.

Mann expressou sua preocupação com possíveis fatores estruturais que poderiam contribuir para um cenário insustentável para a economia do Reino Unido, onde a inflação nos serviços permanece elevada e rígida, enquanto a atividade econômica real estagna. A dirigente alertou sobre a necessidade de lidar com esses desafios para garantir uma estabilidade econômica no país.

Diante das declarações de Catherine Mann, fica evidente a importância de uma abordagem cuidadosa e estratégica em relação às políticas monetárias, visando equilibrar a inflação, o crescimento econômico e a estabilidade financeira no Reino Unido. As palavras da dirigente do BoE refletem a complexidade do cenário econômico atual e a necessidade de medidas prudentes para assegurar um desenvolvimento sustentável no país.

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