Essa menção gerou um direito de resposta por parte de Nunes, que defendeu sua reputação e afirmou jamais ter sido condenado ou indiciado. O embate se deu em torno de um inquérito da Polícia Federal que investiga um esquema de desvio de verbas públicas destinadas ao atendimento de crianças em São Paulo.
O relatório da PF descreve um complexo esquema de desvio de valores públicos, envolvendo Organizações Sociais e Mantenedoras de Centros de Educação Infantil e creches que prestam serviços para a Prefeitura de São Paulo. O inquérito indiciou 117 pessoas suspeitas de participação no esquema, mas não incluiu Nunes. No entanto, o prefeito foi alvo de um pedido da PF para a abertura de um inquérito específico sobre sua relação com duas empresas envolvidas no caso.
Uma dessas empresas é a “Francisca Jacqueline Oliveira Braz Eireli”, que teve movimentação financeira superior a R$ 162 milhões no período investigado. Além disso, a organização social Acria, que recebeu repasses da Prefeitura, tinha transações com a empresa investigada. A PF apontou uma relação suspeita entre Nunes e a empresa “Francisca Jacqueline”.
Apesar das acusações e do clima de tensão no debate, Nunes não respondeu diretamente a Marçal, preferindo destacar suas realizações durante o mandato, como a redução da fila de espera por vagas em creches na cidade. O embate entre os candidatos continua e promete ser um dos temas mais comentados desta reta final de campanha eleitoral.
Espera-se que a investigação da PF siga seu curso e esclareça os fatos, proporcionando transparência e justiça para a população paulistana. É importante que se preserve a integridade das instituições e que os candidatos sejam capazes de apresentar propostas para a cidade, sem se envolverem em polêmicas e acusações mútuas. A sociedade espera uma postura ética e comprometida com o bem comum por parte dos postulantes ao cargo de prefeito de São Paulo.