TSE e MJSP definem regras para operações da PRF durante as eleições municipais: garantia do direito de ir e vir dos eleitores

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) estabeleceram as diretrizes para as operações de patrulhamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante as eleições municipais, em uma portaria conjunta assinada pela presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, e pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

Segundo as regras definidas, a PRF não poderá impedir a circulação dos eleitores nos dias 6 e 27 de outubro, datas dos dois turnos das eleições. Operações que tenham como único objetivo o bloqueio do trânsito para verificação da situação veicular estão proibidas.

Os agentes da PRF poderão abordar os motoristas e veículos em casos de flagrante desrespeito às regras de trânsito ou para conter condutas que coloquem em risco a vida de outros condutores. Além disso, a corporação deverá comunicar previamente aos tribunais regionais eleitorais (TREs) a realização de operações que não se enquadram em flagrante, informando a justificativa e o local da blitz e estabelecendo rotas alternativas.

Durante a cerimônia de assinatura da portaria, a ministra Cármen Lúcia destacou a importância das medidas adotadas após “experiências contrárias à democracia”, visando garantir o direito fundamental de livre locomoção dos cidadãos para exercer o voto. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, assegurou que as forças de segurança do governo irão garantir o trânsito livre dos eleitores nas rodovias do país.

O contexto das operações da PRF durante as eleições de 2022, no Nordeste, foi mencionado, com a região sendo conhecida por registrar grande número de votos para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O caso, que faz parte de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), investiga a participação do ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, nas ilegalidades que ocorreram no período eleitoral, em que ele comandou a corporação sob o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Essas diretrizes têm como objetivo garantir a plena liberdade de deslocamento dos eleitores durante as eleições municipais, evitando qualquer interferência que possa comprometer a democracia e a participação dos cidadãos no processo eleitoral.

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