As greves dos metroviários foram motivadas pela intenção da gestão de Tarcísio de Freitas de privatizar os serviços. Os trabalhadores receberam apoio de funcionários da CPTM e da Sabesp no dia 3 e, em novembro, também se juntaram professores da rede pública e servidores da Fundação Casa.
Tanto os funcionários do Metrô quanto da CPTM desobedeceram decisões judiciais durante as greves, alegando que estas violavam o direito de greve. Os metroviários foram multados em R$ 2 milhões e o governo estadual exigiu o pagamento de mais R$ 7,1 milhões pelos prejuízos causados. Após a decisão do TRT, que foi tomada por voto de minerva do presidente da sessão, a presidente do Sindicato dos Metroviários comemorou a vitória da categoria.
Além disso, o tribunal manteve a multa de R$ 400 mil pelo não cumprimento da liminar que determinava um percentual de funcionários trabalhando nos horários de pico. A divisão do valor da multa entre o sindicato e a empresa foi determinada, mas a decisão foi considerada favorável pela presidente do sindicato.
O Metrô anunciou que recorrerá da decisão do tribunal, argumentando que as paralisações foram motivadas por questões políticas e não cumpriram as determinações judiciais. A empresa ressaltou que obteve vitórias judiciais recentes contra o sindicato e destacou a validade dessas ações.
A decisão final do TRT ainda não foi publicada, mas o resultado não deve ser alterado. O desembargador relator solicitou a transcrição dos debates antes de entregar seu voto, mas a decisão pela não abusividade das greves já foi tomada.