Repórter São Paulo – SP – Brasil

Tensão entre STF, povo e Congresso: Reflexões sobre a democracia e os rumos do Brasil nas manifestações recentes.

Em uma análise profunda sobre as formas de governo, Aristóteles classificou a democracia como a menos ruim, por ser um governo voltado para o povo, embora muitas vezes o foco esteja mais em si do que na comunidade. A plutocracia, por sua vez, era representada por um grupo de homens maus governando, e a pior forma era a tirania.

Norberto Bobbio, em uma série de palestras sobre as formas de governo publicadas pela UNB, destacou a importância da divisão de Aristóteles para compreender a teoria do poder. Essa visão mais ampla foi abordada de forma mais modesta no livro “Uma Breve Teoria do Poder”, cuja quarta edição teve prefácio de Michel Temer.

No entanto, o cenário político atual no Brasil tem levantado diversas reflexões. Durante o desfile oficial de 7 de setembro, o Presidente da República desfilou por um trajeto repleto de seguranças, mas com pouca presença popular. Enquanto em Brasília a ausência de povo era notável, na Avenida Paulista centenas de milhares de brasileiros manifestavam seu descontentamento com a situação do país.

A presença massiva de pessoas nas ruas demonstrava o desgaste do sistema político, com críticas à interferência nos direitos individuais e na liberdade de expressão. A relação entre o Supremo Tribunal Federal, o povo e o Congresso tem se tornado tensa, culminando na inédita manifestação pela destituição de um Ministro da Suprema Corte.

A comparação com a Venezuela, onde a repressão e a falta de liberdade são mais evidentes, ressalta a importância de preservar a democracia no Brasil. A busca pela harmonia e independência dos Poderes é essencial para o fortalecimento do país e o respeito às instituições.

O papel do Supremo Tribunal Federal como guardião da Constituição e árbitro das leis ganha destaque nesse contexto. A experiência do passado, com magistrados respeitados como os da época de Ministro Moreira Alves, pode servir de inspiração para restaurar a confiança nas instituições e promover a estabilidade democrática.

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