Os trabalhos de investigação foram conduzidos pela 15ª Delegacia de Acervo Cartorário (DEAC), culminando na expedição dos mandados pela 1ª Vara Criminal de Niterói. As prisões estão sendo realizadas em distintas localidades como Rio Comprido, Rocinha, Barra da Tijuca, Itanhangá e Caju. O MP apresentou denúncia contra 16 pessoas pelos crimes mencionados, todas elas com histórico criminal ligado a delitos patrimoniais.
Segundo as informações divulgadas pelo Ministério Público, os acusados obtinham ilegalmente dados pessoais e bancários das vítimas, predominantemente idosos, para então proceder à clonagem de folhas de cheque e falsificação de assinaturas. Com os cheques clonados em mãos, efetuavam saques e depósitos nas agências bancárias, debitando os valores das contas das vítimas. O grupo é apontado como responsável por 32 ações criminosas contra sete vítimas.
Para aperfeiçoar o golpe, os criminosos realizavam o que pode ser descrito como um “sequestro” das linhas telefônicas das vítimas, solicitando à operadora um novo chip em nome delas através de documentos falsificados. Assim, conseguiam bloquear quaisquer tentativas de contato das vítimas com o banco, desviando as chamadas destinadas a confirmar os cheques para os próprios criminosos, garantindo a aprovação dos pagamentos e a eficácia do golpe.
As investigações apontam até o momento um prejuízo de aproximadamente R$ 130 mil causado às vítimas. O nome da operação, “Fraus”, origina-se do latim e significa fraude, ilustrando de forma simbólica o modus operandi dos criminosos envolvidos nessa rede de estelionato e associação criminosa.