Ministro da Casa Civil afirma que incêndios no Brasil têm origens criminosas e articuladas, cobrindo 60% do território brasileiro.

O Brasil enfrenta uma crise ambiental sem precedentes devido aos incêndios que têm devastado vastas áreas do território, segundo informações divulgadas pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa. Em uma reunião realizada no Planalto com governadores de estados afetados pelas queimadas, Costa afirmou que há uma clara presença articulada e organizada do crime por trás dos incêndios.

De acordo com o ministro, os governadores dos estados afetados concordam que os incêndios têm motivações criminosas, e ressaltaram a necessidade de medidas mais severas para punir os responsáveis. Costa também mencionou que os presos por atearem fogo a extensas regiões foram rapidamente liberados mediante o pagamento de uma pequena quantia em dinheiro.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, informou durante a reunião que foram registrados 690 incêndios em todo o país, com 298 já extintos e 179 controlados. No entanto, ainda existem 108 focos ativos que estão sendo combatidos, e 106 incêndios sem qualquer forma de controle, principalmente devido a dificuldades de acesso.

Para auxiliar no combate aos incêndios, o BNDES disponibilizará R$ 400 milhões para apoiar os bombeiros dos estados da Amazônia Legal. Além disso, o governo federal anunciou a disponibilização de novos recursos conforme forem solicitados pelos estados.

A seca que assola o país contribui para a propagação dos incêndios, que atingem níveis recordes este ano. Pressionado pela crise ambiental, o governo federal busca dividir responsabilidades com os estados e cobra ações mais efetivas dos governadores. No entanto, há reclamações sobre a falta de articulação e agilidade por parte do governo e dos órgãos competentes.

Neste contexto, é fundamental uma cooperação efetiva entre os governos federal e estadual para enfrentar a crise e proteger o meio ambiente. A população aguarda por medidas concretas e urgentes para conter os incêndios e evitar danos irreparáveis à biodiversidade e ao ecossistema brasileiro.

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