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Indicação de ex-deputada do PT para Ministério dos Direitos Humanos gera polêmica no Senado, com críticas de parlamentar do Novo.

Em um pronunciamento contundente realizado nesta última quarta-feira (18), o senador Eduardo Girão, do partido Novo pelo estado do Ceará, lançou duras críticas à indicação da ex-deputada estadual do PT de Minas Gerais, Macaé Evaristo, para assumir o cargo de Ministra dos Direitos Humanos. A indicação de Macaé ocorreu em substituição ao ex-ministro Silvio Almeida, que foi demitido após graves denúncias de assédio sexual.

Durante seu discurso, Girão ressaltou que a ex-deputada possui uma extensa ficha de processos por improbidade administrativa em Minas Gerais, relacionados ao período em que ocupou o cargo de secretária estadual de Educação. O senador fez questão de pontuar que essa não é a primeira vez que o governo adota uma postura branda diante de casos semelhantes e citou o exemplo do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, que mesmo diante de acusações de corrupção, permanece em seu cargo.

Para Girão, a indicação de Macaé Evaristo representa um descaso flagrante do governo federal em relação à corrupção, tratando o crime como algo insignificante. O senador argumentou, com base em uma matéria publicada pelo Estadão, que os desvios atribuídos a Macaé chegaram a impressionantes R$ 17 milhões. Além disso, ele ressaltou que a situação se repete no governo, citando o caso do ministro das Comunicações como exemplo.

Além disso, o senador questionou a rapidez com que o caso de Silvio Almeida foi resolvido, enquanto outros episódios envolvendo ministros em denúncias de corrupção não avançaram. Ele manifestou estranhamento com o fato das denúncias contra o ex-ministro dos Direitos Humanos estarem sendo analisadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Diante desse cenário, Girão enfatizou a importância de esclarecimentos à sociedade sobre a extensão do conhecimento do governo Lula acerca dessas práticas criminosas, alertando que o acobertamento e a permanência de pessoas envolvidas em crimes no poder intensificam o nível de constrangimento e repressão no ambiente de trabalho. A análise crítica do senador levanta uma série de questionamentos importantes sobre a ética e a transparência no governo, que precisam ser respondidos para a garantia da lisura no exercício do poder.

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