Incêndios no Parque Nacional de Brasília e na Reserva Biológica da Contagem estão diminuindo, mas fumaça ainda preocupa população.

Os incêndios que assolaram o Parque Nacional de Brasília e a Reserva Biológica da Contagem, no Distrito Federal, tiveram uma redução significativa nesta quinta-feira (19). Atualmente, não há mais chamas altas nestes locais, mas ainda é possível observar fogo subterrâneo e brasas que produzem fumaça.

De acordo com informações do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), existem quatro frentes de fogo, sendo três delas dentro do Parque Nacional e uma na Reserva Biológica da Contagem, esta última apresentando maior atividade. As equipes de brigadistas e do ICMBio estão empenhadas em controlar e extinguir esses focos.

Apesar da redução das chamas, a produção de fumaça ainda persiste, porém em menor intensidade, não causando mais impactos significativos na cidade de Brasília, que chegou a ser coberta por uma pesada névoa de fuligem durante três madrugadas consecutivas.

O governo do Distrito Federal já identificou três suspeitos de iniciar o incêndio nas margens do Parque Nacional, popularmente conhecido como Água Mineral. Além disso, um novo foco de incêndio surgido na Reserva Biológica da Contagem já foi controlado na terça-feira (17), evidenciando a eficácia das ações de combate.

Um fato marcante ocorrido durante as ações de combate foi o resgate de uma anta que estava com as quatro patas queimadas, perda de unhas e inalação de fumaça. O animal, que agora está sob os cuidados do zoológico da capital, representa uma das possíveis vítimas da devastação causada pelos incêndios.

O combate aos incêndios subterrâneos é particularmente desafiador, uma vez que a queima de matéria orgânica acumulada em camadas abaixo da terra pode persistir por dias ou até semanas sem ser detectada na superfície. As equipes de combate estimam que os trabalhos nessas áreas ainda deverão se estender por cerca de sete dias, considerando a atual situação.

A destruição das matas de galeria, vegetação sensível localizada às margens dos rios, representa uma grande ameaça ao ecossistema, impactando diretamente nas bacias hidrográficas e na regeneração da mata após os incêndios. A expectativa é que a recuperação dessas áreas afetadas seja necessária após o controle total das chamas.

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