Durante a 26ª Jornada Nacional de Imunizações, realizada em Recife, os dados foram apresentados, revelando uma situação preocupante em relação à prevalência do sarampo em território nacional. A coordenadora de Imunização da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Flávia Cardoso, destacou que o Brasil havia conquistado o status de país livre do sarampo em 2016, porém, em 2019, perdeu essa certificação devido ao retorno da circulação do vírus por mais de 12 meses.
Flávia ressaltou que a Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação do Sarampo, da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita nas Américas emitiu recomendações importantes para o Brasil, incluindo a ampliação da sensibilidade na identificação de casos suspeitos de sarampo. O país também foi alertado sobre a necessidade de aprimorar a vigilância epidemiológica e fortalecer a cobertura vacinal.
Além disso, a comissão sugeriu a padronização de um fluxograma de resposta rápida a casos suspeitos de sarampo, bem como a vacinação de atletas brasileiros, visando prevenir a reintrodução do vírus no país. Atualmente, o Brasil completou dois anos sem casos autóctones de sarampo, mas a importância da manutenção da eliminação da doença ainda é uma prioridade.
Diante desse panorama, é fundamental que o país adote medidas efetivas para conter o avanço do sarampo, garantindo a proteção da população e trabalhando em conjunto para alcançar novamente o status de país livre da doença. A conscientização da importância da vacinação e a vigilância constante são essenciais para evitar surtos e complicações decorrentes do sarampo.