O Comando-Geral da PM justificou a decisão de recolher os aparelhos devido à fragilidade e vulnerabilidade nos quesitos de segurança, o que poderia possibilitar invasões e adulterações de imagens. Além disso, a empresa contratada não realiza mais os serviços de manutenção nas câmeras, deixando os aparelhos sem conserto, e há falta de recursos financeiros para dar continuidade ao programa.
O coronel Aurélio José Pelozato da Rosa, comandante-geral da PM, afirmou que os aparelhos e o software utilizados pelas atuais câmeras não atendem mais às necessidades da corporação. A empresa responsável pelo fornecimento dos equipamentos até o final do contrato, em setembro do ano passado, não possui mais responsabilidade pela manutenção dos dispositivos.
Em 2018, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina repassou R$ 6,2 milhões para a implementação do projeto das câmeras, sendo este o único repasse para o programa. A PM informou que iniciará imediatamente um estudo para buscar uma solução, mas não estipulou prazos. O estudo deverá apresentar uma nova alternativa de financiamento e manutenção das câmeras.
Atualmente, pelo menos sete estados no Brasil possuem PMs que utilizam câmeras na farda, e o Paraná está previsto para iniciar seu programa a partir de fevereiro. Em maio, o Ministério da Justiça e Segurança Pública criou diretrizes para o uso de câmeras corporais em uniformes da polícia, visando regulamentar e padronizar o uso desse equipamento em todo o país.