Repórter São Paulo – SP – Brasil

Mercado financeiro reage à queda dos juros nos EUA e aguarda decisão sobre taxa básica no Brasil, com dólar em queda e bolsa recuando.

No dia de ontem, o mercado financeiro passou por mais um dia de oscilações devido à queda inesperada nos juros norte-americanos e à expectativa em relação à decisão sobre a taxa básica no Brasil. O dólar apresentou sua sexta queda consecutiva, atingindo o menor valor em um mês, enquanto a bolsa de valores registrou seu segundo recuo seguido, alcançando o nível mais baixo em 35 dias.

O dólar comercial encerrou o dia sendo vendido a R$ 5,463, com uma queda de R$ 0,026 (-0,47%). A cotação começou a operar em leve baixa e caiu ainda mais a partir das 15h, após o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) surpreender o mercado ao cortar os juros básicos em 0,5 ponto percentual. Esse valor do dólar é o mais baixo desde 19 de agosto, acumulando uma queda de 3,4% desde o último dia 10, mas permanecendo com uma alta de 12,57% em 2024.

Por outro lado, o índice Ibovespa, da B3, fechou em 133.748 pontos, com uma queda de 0,9%. O preço internacional do petróleo em declínio e o recuo das ações de empresas ligadas ao consumo foram fatores que influenciaram as negociações. O indicador atingiu seu menor patamar desde 14 de agosto.

O dia foi marcado por expectativas em relação aos juros nos Estados Unidos e no Brasil. O Fed cortou os juros pela primeira vez desde 2020, diminuindo a taxa em 0,5 ponto percentual e gerando um impacto positivo nos fluxos de capitais para países emergentes. Enquanto isso, no Brasil, o Copom deve promover a primeira alta de juros em dois anos, aumentando a taxa Selic em 0,25 ponto percentual.

Essa expectativa de alta nos juros brasileiros causou impactos no mercado, pois reduz a pressão sobre o dólar, mas incentiva a queda da bolsa. Os investidores tendem a migrar das ações para investimentos de renda fixa, que oferecem taxas mais atrativas com menos riscos. Assim, o mercado financeiro permanece instável e volátil diante das decisões dos bancos centrais e das especulações sobre os rumos da economia global e local.

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