Repórter São Paulo – SP – Brasil

Manutenção do sistema Guandu-Lameirão no Rio de Janeiro é adiada devido à estiagem, impactando no abastecimento de água.

A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) decidiu adiar a manutenção anual preventiva do sistema Guandu-Lameirão, devido à estiagem que afeta o estado. Essa manutenção é essencial para garantir o abastecimento de água para cerca de 9 milhões de moradores da cidade do Rio de Janeiro e de municípios da Baixada Fluminense.

A falta de chuvas tem impactado os níveis de alguns mananciais utilizados para a captação de água na região metropolitana, levando a concessionária a adiar o serviço programado para o dia 24 de outubro. A operação de manutenção demanda o desligamento do sistema e é realizada nesse período visando garantir o pleno funcionamento durante os períodos de alta demanda no verão.

Mesmo com registros de chuva em alguns pontos do estado, a Cedae afirma que ainda não foi o suficiente para reverter a situação nos reservatórios de água. Os sistemas de água que abastecem o estado estão em alerta, podendo afetar o fornecimento para mais de 11 milhões de pessoas em dezenas de municípios fluminenses.

Os sistemas Imunana-Laranjal e Acari, que atendem diversas cidades da região metropolitana e da Baixada Fluminense, estão operando com capacidades reduzidas devido à estiagem prolongada. A concessionária Águas do Rio está realizando manobras para direcionar a água do sistema Guandu, que atualmente opera com 100% da capacidade, para as localidades afetadas.

Diante desse cenário, a Cedae orienta os consumidores a economizarem água, adiando tarefas não essenciais que demandem alto consumo. O governador Cláudio Castro anunciou medidas para conter a crise hídrica, incluindo o envio de carros-pipa para regiões afetadas, monitoramento da comercialização de água para evitar aumentos abusivos de preço, além de obras emergenciais de desassoreamento de canais para aumentar a vazão.

A previsão é de que a crise hídrica e a situação das queimadas no estado sejam controladas em até um mês, com mais de 1.400 incêndios florestais já extintos desde a criação do Gabinete de Crise. As autoridades investigam suspeitas de incêndios criminosos que têm contribuído para a degradação ambiental na região.

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