A coordenadora de Políticas Públicas do Observatório do Clima, Suely Araújo, ressalta que o governo federal deveria ter tratado o combate aos incêndios como um problema nacional prioritário. Ela critica a omissão do governo e a falta de articulação e coordenação na política ambiental. Segundo ela, o governo federal tem responsabilidade na coordenação das ações contra os incêndios.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, reconheceu a necessidade de mais esforços no combate aos incêndios, destacando a importância de uma ação coordenada. O governo anunciou um aporte de R$ 514 milhões para combater os incêndios, após uma reunião no Planalto.
Os dados do MapBiomas revelam um aumento alarmante na área queimada em relação ao ano anterior, e a expectativa é de que a situação se agrave em setembro. A falta de prevenção e de conscientização sobre o uso do fogo são apontadas como desafios a serem superados. O governo tem anunciado medidas positivas, mas ainda insuficientes, segundo o consultor jurídico do Instituto Socioambiental.
O combate ao desmatamento efetivo tem sido apontado como um dos motivos para a ocorrência dos incêndios, que podem ser utilizados por criminosos para tomar terras públicas. O sistema de satélites do Inpe é considerado eficiente para detectar os focos de incêndio, mas é necessário desenvolver mecanismos mais ágeis para prender os responsáveis.
É consenso que as penas para quem provoca incêndios ilegais devem ser endurecidas, e medidas de fiscalização devem ser intensificadas. O descumprimento das regras ambientais, como a necessidade de autorização para o uso do fogo, é um problema de longa data que precisa ser enfrentado com urgência. A situação dos incêndios no Brasil demanda ação imediata e coordenada para evitar danos irreparáveis ao meio ambiente.
