Nesse bairro, conhecido pela presença de uma das maiores reservas de Mata Atlântica da cidade, cinco bibliotecas comunitárias surgiram após a pandemia, oferecendo acesso à leitura e atividades culturais para a população local. Com gestores e mediadores de leitura moradores da região, essas bibliotecas funcionam de forma colaborativa e autônoma, atendendo principalmente crianças e jovens próximos às escolas.
Um exemplo é a biblioteca Caminhos da Leitura, que conta com um acervo de sete mil livros de literatura e utiliza a IA em suas atividades diárias. O pedagogo Bruno Souza, gestor da biblioteca, destaca a importância da tecnologia na superação de obstáculos e na criação de ambientes seguros para o desenvolvimento cultural dos moradores locais.
Apesar dos benefícios trazidos pela IA, ainda existem desafios a serem enfrentados, como a falta de acesso a smartphones e internet de qualidade em regiões periféricas. O apoio governamental e de organizações não governamentais também é fundamental para o desenvolvimento dessas iniciativas, garantindo recursos humanos e financeiros necessários para manter as bibliotecas em funcionamento.
A IA pode ser utilizada não apenas para automatização de processos, mas também para recomendações personalizadas de livros, criação de conteúdos educativos interativos e análise do perfil dos usuários. Combinando a inteligência artificial com as relações humanas, é possível construir caminhos para uma sociedade mais preparada e habilidosa no uso das tecnologias, contribuindo para o desenvolvimento cultural e social das comunidades.
Portanto, a IA não é mais uma tecnologia elitista e distante, mas sim uma aliada na promoção da inclusão digital e do acesso à cultura, especialmente em regiões periféricas como Parelheiros.É fundamental investir nesse tipo de tecnologia para ampliar as possibilidades de desenvolvimento e crescimento das comunidades menos favorecidas.