Entre as iniciativas que o Azerbaijão planeja apresentar em Baku, em novembro, está um aumento significativo na capacidade de armazenamento de energia em baterias, expansões nas redes elétricas e reduções nas emissões de metano provenientes de resíduos orgânicos. Além disso, o país também pretende abordar planos de ação para o turismo e a água.
No entanto, a ausência de planos para o fim do uso de combustíveis fósseis nos sistemas de energia chamou a atenção, uma vez que quase 200 países chegaram a um acordo histórico no ano anterior, durante a COP28, estabelecendo o “início do fim da era dos combustíveis fósseis”. Vale ressaltar que a queima desses combustíveis é a maior fonte global de gases de efeito estufa.
O ministro da Ecologia do Azerbaijão e chefe da COP29, Mukhtar Babayev, propõe que os países adotem metas para reduzir emissões de metano provenientes de resíduos e sistemas alimentares. Babayev também mencionou os desafios climáticos enfrentados pelos azeris, como calor extremo e escassez de água, ressaltando também o potencial eólico e solar do país.
A cúpula climática em Baku ocorrerá em meio a guerras em Gaza e na Ucrânia, e Babayev sugere uma “Trégua da COP” para aumentar a conscientização sobre a importância de soluções coletivas para proteger pessoas vulneráveis. Além disso, a COP29 acontecerá logo após as eleições nos Estados Unidos, o que pode ter impacto nas ações climáticas do país. Diplomatas e negociadores também terão o desafio de mobilizar financiamento dos países mais ricos para ajudar os mais pobres a se adaptarem às mudanças climáticas.
Assim, a COP29 promete ser um evento crucial para o debate climático global, com o Azerbaijão tendo um papel de destaque na organização e na definição das pautas de ação em questões ambientais.