Nos bastidores, a ação da rede social X em atualizar suas operações é vista pelo STF e pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) como uma tentativa de contornar a suspensão determinada. A Abrint explicou em comunicado à imprensa que a rede X alterou seu endereço eletrônico bloqueado e passou a hospedá-lo nos servidores da empresa norte-americana Cloudflare, especializada em segurança para sites.
Diferentemente do sistema anterior, que utilizava IPs específicos suscetíveis a bloqueios, a nova estrutura da rede X baseada na Cloudflare compartilha IPs com outros serviços legítimos, como bancos e grandes plataformas de internet. A associação também enfatizou a delicada posição em que se encontra diante do retorno dos acessos à rede X e orientou as operadoras de banda larga a aguardarem instruções da Anatel para lidar com a situação.
Até o momento, a Justiça ainda não se manifestou sobre a questão em relação à rede social X. No mês passado, o ministro Alexandre de Moraes determinou a suspensão da plataforma após não ser atendido dentro do prazo de 24 horas por Elon Musk, proprietário da rede social, para indicar um representante legal no Brasil. A medida foi confirmada pela Primeira Turma da Corte, e recentemente Musk anunciou o fechamento da sede da empresa no Brasil devido a uma multa por não cumprir a ordem de remover perfis de usuários investigados pela Corte por mensagens consideradas antidemocráticas.