Ministra Marina Silva classifica incêndios como “terrorismo climático” e cobra ações mais duras do governo brasileiro no combate ao fogo.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, fez duras críticas à ação criminosa de incêndios florestais no Brasil, classificando-a como “terrorismo climático”. Em uma entrevista no programa Fala, Ministro, dos canais do governo, Marina expressou sua preocupação com a aliança criminosa por trás desses incêndios, que segundo ela, se configura como um crime contumaz.

Durante a entrevista, a ministra ressaltou a importância de considerar qualquer incêndio provocado por ação humana como criminoso, já que no momento não há autorização para queimadas. Marina Silva também cobrou um endurecimento nas penas para esse tipo de crime, que atualmente têm um limite máximo de oito anos de reclusão.

Além disso, Marina destacou a necessidade de investigar e responsabilizar não apenas os executores dos incêndios, mas também possíveis mandantes por trás dessas ações. Ela defendeu que essas ações devem ser consideradas um atentado ao interesse público e ao patrimônio nacional, o que justificaria um agravamento das penas.

A ministra também ressaltou as medidas que o governo federal vem tomando para combater os incêndios, incluindo a mobilização de diversos ministérios e a cooperação com os estados. Ela mencionou a criação da autoridade climática, do plano de prevenção e do marco legal da emergência climática, medidas anunciadas pelo presidente Lula.

O Brasil enfrenta a pior seca já registrada em sua história, com recordes de incêndios na Amazônia e no Pantanal, e rios atingindo níveis historicamente baixos. As consequências das queimadas têm afetado cidades importantes, como São Paulo, Brasília e Manaus, deixando-as cobertas de fumaça e prejudicando o abastecimento de insumos básicos.

Marina Silva reconheceu que as medidas adotadas até o momento não foram suficientes, mas ressaltou o constante ajuste e mobilização das equipes de combate aos incêndios. A ministra afirmou que o trabalho de prevenção iniciado em 2023 não foi totalmente eficaz devido à antecipação da seca em 2024. Ela também mencionou que o governo avalia possibilidades de cooperação com outros países, mas até o momento não há previsão concreta de parcerias.

Em suma, a ministra Marina Silva enfatizou a gravidade da situação dos incêndios florestais no Brasil, declarando que é essencial punir os responsáveis e adotar medidas eficazes de prevenção e combate a esse tipo de crime ambiental.

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