Repórter São Paulo – SP – Brasil

Chefes dos Três Poderes concordam sobre origem criminosa dos incêndios florestais e discutem aumento de penas em reunião histórica.

Os presidentes da República, do Senado e da Câmara dos Deputados se reuniram para discutir a origem criminosa da onda de incêndios florestais que assola o país. Na reunião desta terça-feira (17), Luiz Inácio Lula da Silva, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira concordaram que há suspeitas de crimes por trás dos incêndios.

Durante o encontro, o presidente Lula expressou sua preocupação com a anormalidade dos incêndios e citou a estranheza das convocações para o ato na Avenida Paulista com a frase “Vai pegar fogo”. Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, destacou a possibilidade de uma coordenação entre os incêndios, apontando uma orquestração para incendiar o Brasil. Enquanto isso, o presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmou que há uma influência criminosa por trás da onda de incêndios, apontando a presença de organizações criminosas envolvidas.

Além disso, a questão do aumento de penas para crimes ambientais foi discutida na reunião. O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, informou que uma proposta está sendo discutida para equiparar as penalidades para incêndios florestais com as de incêndios comuns. Por sua vez, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, defendeu a discussão no Congresso para elevar as penas para crimes ambientais.

No que diz respeito ao Congresso, Rodrigo Pacheco ressaltou a possibilidade de aprimoramento legislativo das leis vigentes, mas alertou para evitar o populismo legislativo. O presidente da Câmara, Arthur Lira, destacou a vontade política da Casa para tratar do tema, ressaltando a importância de não confundir questões ideológicas com a necessidade de ações efetivas.

Por fim, o presidente do STF solicitou uma mobilização nacional de juízes para priorizarem a tramitação de inquéritos e ações relacionadas a infrações ambientais. A recomendação também abrange a execução de medidas cautelares, como operações de busca e apreensão e prisões preventivas, indicando um esforço conjunto para lidar com a situação grave dos incêndios florestais.

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