Diante desse quadro, o governo chinês já indicou que novas medidas de estímulo estão sendo preparadas. No entanto, as políticas lançadas até o momento, como cortes nos requisitos de reserva dos bancos, não têm sido suficientes para impulsionar a economia de forma significativa nos últimos anos. A liderança chinesa tem mantido o foco em transformar o país em uma potência tecnológica, mesmo que isso signifique sacrificar o crescimento de curto prazo ou promover mudanças na estrutura econômica atual, ainda muito dependente de investimentos e da indústria.
O recente direcionamento dos estímulos para setores como fábricas, veículos elétricos, semicondutores e energia renovável reflete a estratégia de Pequim em impulsionar a inovação tecnológica. No entanto, economistas alertam para a necessidade de um estímulo mais robusto que estimule os gastos e não apenas a oferta, para evitar um cenário de queda de preços e crescimento moderado semelhante ao vivido por países como o Japão.
No setor imobiliário, os dados revelam que os preços de imóveis novos nas principais cidades chinesas registraram uma queda de 5,7% em agosto em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Esse é o maior declínio em nove anos, apesar dos esforços do governo em reverter a crise imobiliária, incluindo a redução das taxas de juros e as restrições à compra de imóveis. A situação é preocupante, com 68 das 70 cidades consultadas no levantamento relatando uma queda nos preços dos imóveis em comparação com o ano anterior.