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Há 47 anos, mecânico do Metrô de SP relembra desafios e conquistas: “Um trem debaixo da terra”

O Metrô de São Paulo é considerado uma das maiores obras de engenharia do Brasil, um marco na história do transporte público do país. Com suas 17 quilômetros de extensão, atravessando túneis debaixo da terra, o projeto causou incredulidade e medo em muitas pessoas, como relata o mecânico João Custódio, de 71 anos.

Natural de Londrina (PR), Custódio lembra que, quando ouviu falar do Metrô pela primeira vez, muitos duvidavam da veracidade da notícia. No entanto, em 1974, aos 21 anos, ele se mudou para São Paulo e começou a trabalhar na manutenção das escadas rolantes da estação Jabaquara, presenciando a inauguração do primeiro trecho operacional do Metrô.

O mecânico se tornou o funcionário nº 2.561 da companhia, sendo um dos mais antigos a trabalhar na empresa até hoje. Inicialmente contratado como ajudante de mecânico, Custódio foi transferido para a oficina de manutenção de veículos, onde tem como principal missão manter as máquinas que garantem a segurança e qualidade do transporte.

Entre os equipamentos que ele cuidava, estava a esmerilhadeira RR 18 E/1600, fabricada pela empresa italiana Mecnafer em 1977. Essa máquina era responsável por lixar os trilhos e corrigir imperfeições, evitando solavancos e balanços nos vagões durante a viagem. Apesar do trabalho pesado e manual, Custódio se dedicou ao equipamento, que foi desativado recentemente.

O Metrô de São Paulo mudou não só a vida de João Custódio, mas também a mobilidade da cidade, tornando-se essencial para milhares de paulistanos todos os dias. De uma ideia incrível e muitas vezes considerada utópica, o Metrô se tornou um orgulho para a maior metrópole do país, graças ao empenho e dedicação de profissionais como o mecânico Custódio. Um exemplo de superação e comprometimento com a qualidade do transporte público.

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