Essa ausência de chuva pode ser explicada pela falta de precipitação em abril, período que marca a transição entre as estações chuvosas e secas. Segundo o coordenador-geral de Operação e Modelagem do Cemaden, Marcelo Seluchi, a estação seca está mais prolongada do que o normal devido aos efeitos do fenômeno meteorológico El Niño e às temperaturas mais altas no Oceano Atlântico no Hemisfério Norte.
Com a baixa umidade e a falta de chuvas no curto prazo, as chances de precipitação só são esperadas para a primeira quinzena de outubro. Esse cenário tem impactos não apenas no abastecimento de água, mas também na ocorrência de incêndios em áreas de conservação do estado. Onze unidades de conservação em Minas Gerais foram atingidas por incêndios, sendo a Serra do Caraça uma das regiões mais afetadas, com os bombeiros atuando em três frentes para conter as chamas.
Com o clima seco e os fortes ventos característicos dessa época, o combate aos incêndios se torna ainda mais desafiador, como demonstram as 368 ocorrências de incêndio em vegetação atendidas pelos bombeiros nas últimas 24 horas, sendo a maioria delas na região metropolitana de Belo Horizonte. A situação evidencia a importância de medidas preventivas e de conscientização para evitar tragédias e preservar o meio ambiente no estado de Minas Gerais.