Segundo a Defesa Civil, os focos de incêndio em Pedregulho estão ativos desde o final de agosto, tornando a cidade a mais atingida pelo fogo no estado de São Paulo. A paisagem árida e cinza, com lavouras destruídas, árvores queimadas e animais mortos, choca quem visita a região.
A Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas de Pedregulho estima que cerca de 5.000 hectares de vegetação tenham sido consumidos pelo fogo, resultando na queima de aproximadamente 6 milhões de árvores. O prejuízo para os agricultores é incalculável, com perdas que podem comprometer a produção por anos.
José de Alencar Jr, proprietário de uma fazenda devastada pelo fogo, relata a tristeza de ver árvores centenárias transformadas em cinzas. O prejuízo estimado é de cerca de R$ 360 mil, com a perda de três hectares de plantação.
Enquanto os incêndios persistem, os agricultores lutam para conter as chamas e evitar mais prejuízos. O trabalho árduo envolve o uso de bombas de água e até mesmo ações durante a madrugada para evitar que o fogo se espalhe.
Além das perdas nas plantações, as queimadas também afetaram as residências da região. Casas foram destruídas, famílias ficaram desabrigadas e moradores sofrem com a fumaça que paira sobre a cidade. A preocupação com a saúde da população aumenta, com relatos de problemas respiratórios e dificuldades para dormir.
A situação só deve melhorar com a chegada das chuvas, mas a previsão não é animadora. A região não recebe precipitações significativas há meses e novas chuvas são esperadas apenas daqui a cinco dias.
Diante desse cenário desolador, o município de Pedregulho e os produtores rurais precisam unir esforços e contar com o apoio de órgãos como a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros para combater os incêndios e tentar minimizar os danos causados pela seca e pelas queimadas. A esperança é que a solidariedade e o trabalho conjunto possam ajudar a superar essa crise que assola o interior de São Paulo.