Lucimara Pereira Muniz: a luta pelos quilombos e a trajetória de uma mulher engajada em causas sociais e antirracistas.

A militante Lucimara Pereira Muniz, de 48 anos, faleceu em decorrência de uma trombose após dois meses internada por conta de um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Nascida em Campos dos Goytacazes, cidade do Rio de Janeiro, Lucimara era uma referência nas lutas feministas e antirracistas, herança de seus avós que contavam as histórias da época da escravidão no Brasil.

Desde a adolescência, Lucimara era engajada em causas sociais, principalmente em questões relacionadas aos povos remanescentes quilombolas. Com uma rotina corrida e um grande comprometimento com as causas que abraçava, Lucimara era descrita como uma pessoa determinada e incansável por aqueles que conviviam com ela.

Além de suas atividades como militante, Lucimara também era uma atleta e estudiosa. Praticante de atletismo na adolescência, chegou a receber convites para competir fora do país, porém foi impossibilitada por seus pais. Formou-se em letras e realizou uma pós-graduação em estudos ambientais, atuando como educadora ambiental em projetos sociais.

Nas eleições de 2024, Lucimara se lançou como pré-candidata a vereadora pelo MDB, após ter sido filiada ao PT anteriormente. Sua candidatura surgiu a partir de cobranças da comunidade, que sentia a necessidade de ter um representante no poder. Seu falecimento gerou consternação naqueles que a conheciam, deixando como legado seu esposo, Jesus Amado, com quem era casada há quase 20 anos, seu pai, sua mãe e sua irmã.

A morte de Lucimara representa uma perda irreparável para as causas sociais que ela defendia. Sua trajetória de luta e comprometimento ecoará na memória daqueles que a admiravam, inspirando novas gerações a seguirem seu exemplo de dedicação e engajamento em prol de uma sociedade mais justa e igualitária.

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