Lei de 1954 permite incorporação de R$ 8,56 bilhões esquecidos ao Tesouro Nacional, esclarece Secretaria de Comunicação Social da Presidência.

Na noite desta sexta-feira (13), a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República esclareceu que a incorporação dos R$ 8,56 bilhões esquecidos no sistema financeiro às contas do Tesouro Nacional não representa um confisco de recursos. Em nota oficial, o órgão ressaltou que os donos dos recursos terão a oportunidade de solicitar o saque, mesmo após a incorporação.

Essa transferência dos recursos para o Tesouro Nacional faz parte de um projeto que compensa a prorrogação da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e de 156 municípios, que foi aprovado de forma definitiva pela Câmara dos Deputados na última quinta-feira (12). Os R$ 8,56 bilhões complementarão os R$ 55 bilhões que serão destinados ao governo para custear essa extensão do benefício.

É importante ressaltar que a previsão para a incorporação desses recursos pelo Tesouro Nacional já está estabelecida em legislação há mais de 70 anos, conforme a Lei 2.313 de 1954. Diferentemente de um confisco tradicional, os cidadãos terão a possibilidade de reivindicar os valores esquecidos.

O Ministério da Fazenda informou que publicará um edital no Diário Oficial da União com todas as informações relevantes sobre os valores a serem recebidos. Aqueles que se sentirem no direito poderão contestar o recolhimento dos valores.

Houve divergência entre o Banco Central e o Ministério da Fazenda quanto à forma de contabilização desses valores esquecidos. Enquanto o BC considera que essa transferência não representa um esforço fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que existe um precedente que permite a inclusão dos R$ 8,5 bilhões para fortalecer as contas do Tesouro Nacional.

Portanto, essa incorporação dos recursos esquecidos no sistema financeiro ao Tesouro Nacional faz parte de um processo legal e transparente, garantindo que os cidadãos possam recuperar esses valores caso sejam devidos a eles. A situação demonstra a importância da fiscalização e da transparência nos processos financeiros do país.

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