O caso que mobilizou a comunidade universitária foi o relato de Yasmin Mendonça, de 20 anos, moradora do Crusp (Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo), que afirmou ter sido vítima de estupro por um vizinho estudante da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas), em seu apartamento no campus. A denúncia veio a público por meio do jornal Folha de São Paulo, levando a universidade a inicialmente realocar o acusado para outro bloco, mas posteriormente decidir pela sua expulsão do apartamento.
Tanto a USP, que abriu um processo interno para investigar o caso, quanto a Polícia Civil, que instaurou um inquérito após o registro do boletim de ocorrência pela vítima, estão empenhadas em apurar os fatos e tomar as medidas cabíveis. Yasmin, presente no protesto, expressou alívio com a saída de seu agressor, porém ressaltou a importância de buscar por uma Justiça mais ampla.
Além desse caso, outra situação de violência contra a mulher foi reportada na Cidade Universitária em agosto, envolvendo uma tentativa de estupro de uma aluna que foi abordada por um homem armado, que posteriormente fugiu. Esse incidente, somado à falta de iluminação adequada e segurança no campus, tem gerado uma série de manifestações por parte dos estudantes.
A prefeitura do campus afirma estar trabalhando na substituição das lâmpadas e na poda de árvores como medida emergencial, enquanto estuda soluções mais abrangentes para garantir a segurança e bem-estar de todos que frequentam a USP. A mobilização dos alunos e a pressão exercida pelas denúncias evidenciam a urgência de se promover um ambiente acadêmico seguro e livre de violência.