A Conab também destaca o excesso de precipitação no Rio Grande do Sul, especialmente nas lavouras de primeira safra. Estados como São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul enfrentaram condições adversas durante o desenvolvimento das culturas de segunda safra. Mesmo com esses desafios, essa safra é classificada como a segunda maior da série histórica.
A área semeada está estimada em 79,82 milhões de hectares, um aumento de 1,6% em relação à safra anterior. No entanto, a produtividade média das lavouras apresenta uma redução de 8,2%, saindo de 4.072 quilos por hectare para 3.739 quilos por hectare.
Dentre as culturas afetadas pelo clima adverso, a soja se destaca, com um volume total colhido estimado em 147,38 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 7,23 milhões de toneladas em relação ao período anterior. O atraso no início das chuvas, baixas precipitações e altas temperaturas foram os principais fatores que contribuíram para essa queda.
No caso do milho, o clima irregular ao longo do desenvolvimento do cultivo trouxe impactos, principalmente na primeira safra em áreas produtoras como Minas Gerais. Na segunda safra, regiões como Mato Grosso e Goiás tiveram um clima mais favorável, enquanto Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná enfrentaram desafios com veranicos e altas temperaturas.
A produção total de milho está estimada em 115,72 milhões de toneladas, uma queda de 12,3% em relação ao ciclo anterior. Já para o algodão, apesar de uma queda na produtividade, a área destinada à cultura teve um aumento expressivo, refletindo em uma elevação na produção.
Em resumo, a safra 2023/2024 apresenta desafios devido ao clima adverso, resultando em reduções na produção de soja e milho, enquanto culturas como algodão, arroz e feijão registraram um desempenho positivo em relação à temporada anterior.