OMS alerta para a necessidade de serviços de reabilitação para cerca de 25% dos feridos em conflitos na Faixa de Gaza

No cenário de conflitos na Faixa de Gaza, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou dados alarmantes sobre a situação dos feridos até o dia 23 de julho. De acordo com a organização, pelo menos um quarto dos 22,5 mil feridos apresentam lesões que exigem acesso a serviços de reabilitação tanto no momento atual quanto ao longo dos próximos anos.

Lesões graves nos membros foram apontadas como a principal causa de necessidade de reabilitação, com entre 13.455 e 17.550 feridos em Gaza se enquadrando nesse quadro. A OMS também destacou um número preocupante de amputações de membros, lesões na medula espinhal, lesões cerebrais traumáticas e queimaduras graves, afetando um grande contingente de mulheres e crianças.

Além disso, a situação dos hospitais em Gaza é crítica, com apenas 17 dos 36 estabelecimentos funcionando parcialmente. A falta de segurança, ataques e ordens de evacuação tornam ainda mais difícil o acesso à atenção primária à saúde e serviços prestados nas comunidades. O centro para reconstrução e reabilitação de membros em Gaza, apoiado pela OMS, foi desativado por falta de insumos e profissionais especializados.

A tragédia se estende também para as equipes de reabilitação, com a morte de 39 fisioterapeutas até maio e a escassez de serviços e equipamentos como cadeiras de rodas e muletas. A situação é agravada pela dificuldade em reabastecer os estoques de produtos essenciais devido ao restrito fluxo de ajuda para Gaza.

Diante desse cenário devastador, a OMS alerta para a urgência de ações para atender as necessidades dos feridos e garantir o acesso a serviços de reabilitação. A falta de recursos e a precariedade das condições de saúde em Gaza tornam essencial a solidariedade internacional para enfrentar os desafios humanitários na região.

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