Durante uma reunião especial, realizada no Fórum Central do Rio de Janeiro, o juiz Kalil definiu a data do julgamento e solicitou que apenas as pessoas diretamente envolvidas compareçam ao plenário, a fim de evitar aglomeração. As defesas e a acusação terão um prazo de 10 dias para apresentar as provas orais finais.
O advogado de Ronnie Lessa solicitou que o presídio onde o réu está detido reserve o dia 29 de outubro para uma entrevista, visando agilizar o início da sessão. Lessa encontra-se preso em Tremembé, São Paulo, após firmar acordo de delação premiada e apontar os mandantes do crime. Anteriormente, ele estava na Penitenciária Federal de Campo Grande e foi transferido a pedido do próprio réu.
Além disso, foi expedido um ofício ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando autorização para a realização do julgamento na data agendada. O crime que vitimou Marielle Franco e Anderson Gomes ganhou repercussão internacional, sendo considerado um ataque à democracia.
Após uma longa e complexa investigação, que envolveu várias instâncias policiais, os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foram presos como executores do crime. Posteriormente, em 2024, foram detidos os supostos mandantes Chiquinho e Domingos Brazão, além do ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa. O processo que envolve os mandantes dos assassinatos tramita atualmente no Supremo Tribunal Federal.