A ocupação estudantil se estendeu para outros prédios, como o Pavilhão João Lyra Filho, no campus Maracanã, o que resultou na suspensão das aulas na universidade. Tanto a reitoria quanto os estudantes afirmam não haver espaço para negociações, o que levou a Uerj a publicar novos atos executivos estabelecendo um regime de transição para os critérios de concessão das bolsas de assistência estudantil.
Os estudantes exigem a revogação do Ato Executivo de Decisão Administrativa (Aeda) 038/2024, que limita o Auxílio Alimentação a estudantes de cursos sem restaurante universitário, com um valor de R$ 300 mensais. Além disso, a renda familiar para receber auxílios e Bolsa de Apoio a Vulnerabilidade Social deve ser de meio salário mínimo vigente.
A Uerj alega que as novas regras afetam cerca de 1,2 mil estudantes, excluindo-os do recebimento das bolsas. A universidade destaca que os auxílios foram criados de forma excepcional durante a pandemia e que continuam sendo oferecidos para 9,5 mil alunos em situação de vulnerabilidade.
Diante do impasse, a reitoria encerrou as negociações e publicou novos atos executivos, incluindo medidas de transição como o pagamento de bolsa de transição de R$ 500, auxílio-transporte de R$ 300 e tarifa zero no restaurante universitário. A Uerj entrou com um pedido de reintegração de posse no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, buscando resolver a ocupação de forma pacífica, sem a intervenção da Polícia Militar.
O movimento dos estudantes na Uerj reflete a luta por direitos estudantis e a busca por uma educação pública de qualidade, mostrando a importância do diálogo e da busca por soluções que atendam às demandas de todos os envolvidos na questão educacional.