Repórter São Paulo – SP – Brasil

Crise ambiental em São Paulo atinge níveis alarmantes com pior qualidade do ar em 40 anos e recorde de queimadas.

São Paulo está vivendo um momento crítico em termos ambientais, com a qualidade do ar atingindo níveis alarmantes, os piores em quatro décadas. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) alertou para uma combinação sem precedentes de poluição, queimadas e clima seco, algo nunca antes registrado desde que as medições começaram em 1985.

De acordo com um levantamento do MapBiomas, as queimadas no Brasil consumiram uma área equivalente ao território da Paraíba somente no mês de agosto. O total devastado chegou a 5,65 milhões de hectares, metade do que foi destruído durante todo o ano de 2023. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um aumento assustador de 149% nas áreas queimadas.

São Paulo foi duramente afetado, com 86% das queimadas concentradas no estado em agosto. As regiões de cultivo de cana-de-açúcar foram particularmente atingidas, o que já está impactando o preço do açúcar nos mercados. Até o momento, 15 pessoas foram presas sob suspeita de provocar incêndios em cidades do interior.

Além disso, biomas importantes como o Cerrado e o Pantanal também estão sofrendo com os incêndios, com a região Centro-Oeste sendo uma das mais afetadas. O governo de Mato Grosso do Sul estima a perda de 2 milhões de hectares, um cenário que se repete na Amazônia, com mais 2 milhões de hectares devastados.

Diante da gravidade da situação, o governo de São Paulo intensificou medidas para garantir o abastecimento de medicamentos e insumos nas unidades de saúde. Recomendações simples, como lavar o nariz e os olhos com soro fisiológico e usar umidificadores em casa, são destacadas como essenciais para proteger a saúde da população.

As autoridades alertam para a continuidade do calor intenso nos próximos dias, com uma possível trégua no domingo devido a chuvas passageiras. O Ministério da Saúde já reportou um aumento nas visitas hospitalares por problemas respiratórios em todo o país, levando o governo federal a intervir para tentar controlar os focos de incêndio e minimizar os impactos na saúde pública.

Sair da versão mobile